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Saúde mental: O que você tem a ver com isso?

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São pouco divulgados os dados que mostram que o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de trabalhadores com burnout no mundo, dados da International Stress Management Association no Brasil – ISMA-BR.

Será que de alguma forma essa responsabilidade também é sua?

É comum nos incomodarmos e julgarmos os ambientes quando alguma situação vem a público, mas, muitas vezes, não participamos ativamente de um movimento de transformação dessa cultura de trabalho insalubre. Seja por medo de enfrentar o sistema, descrença de que a mudança seja, de fato, possível ou comodismo mesmo, porque mudar é um verbo de ação.

A questão fundamental é que, se estamos nesse lugar de privilégio, como empreendedores e líderes de setor, é responsabilidade nossa falar sobre saúde mental. Não é de um dia para o outro que se cria uma mudança estrutural como essa. Se nós, empresas, não trabalharmos pesado para isso hoje, amanhã pode ser tarde demais. A sociedade não tem tempo e as novas gerações carecem da paciência que as anteriores tiveram.

Em ecossistemas às vezes tão restritos e limitados, como podemos encontrar esse espaço disruptivo?

Toda transformação começa pela identificação de um problema. Logo, as empresas precisam reconhecer o problema que está posto, que esse fantasma ronda seus corredores, suas salas de reunião e provavelmente o home office de cada um. A partir desse movimento, abre-se espaço para conversa, para o letramento e para a conscientização. Algumas empresas já estão à frente nessa jornada; outras, nem começaram ainda, ou infelizmente tratam do assunto apenas com os cargos de liderança. Precisamos saber em qual parte da jornada nós estamos como empresa.

  • Onde precisamos chegar para que o tema saúde mental não seja tabu em nosso espaço ?
  • As lideranças estão aptas a criar um ambiente que possibilite que os funcionários falem abertamente? Que busquem um lugar de acolhimento?
  • Um colaborador com distúrbios psicológicos não é , ou será tratado com preconceito?

Os benefícios desse movimento são inúmeros: o aumento nos níveis de felicidade, a diminuição de transtornos psicológicos, a melhora da saúde geral dos trabalhadores e aprofundamento das relações interpessoais.

Se essas vantagens não forem suficientes para uma mudança, podemos olhar pelo viés capitalista.

  • Times mais produtivos e engajados

31% é quanto um profissional feliz no trabalho é mais produtivo.

Fonte: Universidade da Califórnia.

  • Menos gastos com ausência do funcionário, logo, maior receita

US$ 6 trilhões será o custo anual até 2030 decorrente de transtornos mentais. Fonte: The Lancet – Estudo da Universidade de Bath

  • Retenção de talentos

75% da geração Z e 50% da geração Y já deixaram cargos de forma voluntária por conta de problemas psicológicos.

Fonte: Mind Share Partners, SAP e Qualtric

Respondendo a pergunta que propus inicialmente: A responsabilidade é sua, minha e de todos nós. Pois, além de estrutural, o sistema de trabalho tóxico é cultural, já que também está entranhado nas nossas formas de agir e reagir perante às situações. Se por um lado as empresas devem criar mecanismos para lidar com essas situações, cabe a nós encabeçar esse movimento.

Só incômodo não basta. Precisamos ser agentes transformadores ativos do mercado que queremos. Seja pelo amor. Seja pela dor.

Pâmela González

Product Owner

TSER Corp by Powered B2mamy e Rafa Brites

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